quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Preenchendo Espaços com Silêncio.



“Se fosse você, não faria isso!”, depois desta frase, ouviu-se o latido de um cão. Longo, sincero, perfeito na sua parábola que se perdia no ar, como numa grande dor. Depois achei ter ouvido um avião mas o que veio foi o silêncio. Eu estava muito feliz. Aqui é cheio de silêncios feito de ruídos. Se encostar o ouvido no tronco de uma árvore e permanecer, ouvira um ruído. Talvez venha de nós, mas prefiro pensar que vem da árvore. No silêncio, batidas estranhas atrapalhavam a paisagem sonora ao meu redor. Eu não queria dizer. Fechei a janela, mas não parou. Não quero ouvir sons inúteis. Quero poder escolhê-los. As vozes, as palavras. Quantas palavras não queria ouvir. Mas não posso evitar. È preciso suportar, como as ondas do mar lhe suportam quando você deita para boiar.

Um comentário:

Melina Schleder disse...

Lú, que engraçado, fiquei outro dia mesmo pensando nessas duas mulheres, quer dizer, nos dois personagens e vem você e posta essa foto!
love