quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

michael mann

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

patti smith love profundo

"...Comíamos pão com queijo, bebíamos vinho argelino, pegamos piolho, usamos camisa de gola canoa e percorremos felizes as vielas de Paris. Assistimos a One plus One, de Godard. O filme me causou uma forte impressão em termos políticos e renovou meu amor pelos Rolling Stones. Poucos dias depois, os jornais franceses estampavam o rosto de Brian Jones: est mort, 24 ans..."

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

domingo, 31 de outubro de 2010

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

domingo, 10 de outubro de 2010

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

amando muito essa dupla


Trouble, oh trouble
Haven't slipped a day in years
Haven't slipped a day in years
Haven't slipped a day

Trouble, oh trouble
Haven't slipped a day in years
Haven't slipped a day in years
Haven't slipped a day

When the neon lights that find you
Leave our memory far behind you
Down the line I will remind you
Listen how I love you

Trouble, oh trouble
Haven't slipped a day in years
Haven't slipped a day in years
Haven't slipped a day

Trouble, oh trouble
Haven't slipped a day in years
Haven't slipped a day in years
Haven't slipped a day

When the world steals all hope from you
Wonder where you dreams have gone to
You're the one I still belong to
Listen why I love you

sábado, 18 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

au revoir chabrol

essas mortes sempre me deixam num estado que posso comparar, de alguma maneira, à nostagia. que algo que não conheci e que admiro à distância imposta pelo tempo está morrendo. fico pensando na França hoje em dia, e cada morte dessas me pareçe uma sentença de que as coisas por lá seguem um rumo que acho muito esquisito.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"ART OFFERS THE POSSIBILITY OF LOVE WITH STRANGERS…"
WALTER HOPPS

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

como não amar isso?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Zoo Song - Nuts in May[Mike Leigh]

mike leigh muito antes dos dramões

sábado, 14 de agosto de 2010

quarta-feira, 30 de junho de 2010

terça-feira, 29 de junho de 2010



quinta-feira, 3 de junho de 2010

fool's gold/bande a part




Franz would have given a lot...

His gold watch, his American books,

his two hands, he didn't know exactly...

But he would have given a lot

to console Odile.

One only had to look at her

to realize the world

was crumbling around her.

domingo, 16 de maio de 2010

laerte

quarta-feira, 5 de maio de 2010

terça-feira, 4 de maio de 2010

lovely!

vale a pena caçar nos sebos. diversão garantida, como sempre.

sábado, 24 de abril de 2010

"The Empyrean é uma história que não tem nenhuma ação no mundo físico. Ela ocorre nos espíritos de todas as pessoas ao longo de suas vidas. O único outro personagem é alguém que não vive no mundo físico, mas está lá dentro, no sentido de que ele existe nas mentes das pessoas. A mente é o único lugar que nada pode ser tão verdadeiro para existir. O mundo exterior é apenas conhecido para nós como ele aparece dentro de nós pelo testemunho dos nossos sentidos. A imaginação é o mais real do mundo que nós conhecemos, porque cada um sabe em primeira mão. Ver as nossas ideias tomando forma é como ser capaz de ver o sol nascendo. Não temos equivalência ao grau de pureza disto no nosso mundo exterior. No mundo exterior, parece que cada um de nós somos uma coisa e sempre também uma infinidade de outras coisas. Dentro para fora e de fora para dentro são intermináveis. Tentamos achar uma forma de respirar."
John Frusciante, sobre seu disco The Empyrean

segunda-feira, 19 de abril de 2010

será que nessa sexta estréia mesmo?


quero ver no cinema, porra!

terça-feira, 23 de março de 2010


sábado, 20 de fevereiro de 2010

só para loucos

"Muitos artistas pertencem a essa espécie. Essas pessoas todas sabem que têm duas almas, dois seres dentro de si, nos quais o divino e o diabólico, o sangue da mãe e o sangue do pai, a capacidade para a felicidade e para o sofrimento, estão de modo tão apertado e conflituoso como o lobo e o homem estavam dentro de Harry". Tais pessoas estão "perto do coração selvagem", mas sabem também "que o homem talvez não seja somente uma fera estúpida, mas também um filho de Deus, destinado à imortalidade".

fragmento do "Tratado do lobo da estepe", Hermann Hesse.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010




quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

amado

Filmes de Eric Rohmer irão sobreviver por muito tempo

Será difícil não reconhecer a obra do cineasta, morto na última segunda, como um grande momento do cinema francês no fim do século 20 e início do 21

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

Dos cinco "jovens turcos" da revista "Cahiers du Cinéma" que revolucionaram o entendimento do cinema nos anos 50 do século passado, Eric Rohmer era o mais velho. Foi também o último a se tornar conhecido -pois não seria justo dizer que foi o último "a fazer sucesso".

Sua personalidade é mais ou menos o oposto daquilo que, cada vez mais, pede a indústria cinematográfica: presença em festivais, fotos nas revistas, declarações para a imprensa. Presença mundana e profissional, enfim. Raramente dava entrevistas. Não se deixava fotografar para evitar que, tornando-se conhecido, já não pudesse circular livremente por Paris. Recusava-se a frequentar festivais de cinema.

Sua obra é, de certa forma, um espelho fiel da personalidade. Rohmer nunca fez concessões à indústria, evidentemente. Não fez concessões nem a seus amigos da "Cahiers": quando se tornou redator-chefe, continuou a dar mais atenção aos clássicos do que aos modernos (inclusive aos filmes da nouvelle vague), de tal modo que precisou ser, a horas tantas, substituído por Jacques Rivette (operação traumática, que resultou em anos de afastamento da revista dele e dos redatores mais próximos a ele). Esse momento marcou também o fim da fase "amarela" da revista francesa.Sua obra compõe-se, basicamente, de três séries previamente planejadas: "Contos Morais", "Comédias e Provérbios" e "Contos das Quatro Estações". A eles acrescentou trabalhos de maior produção, para os quais era em geral contratado, como "A Marquesa d'O", "Perceval le Galois", nos anos 70, ou, mais recentemente, "A Inglesa e o Duque". São os "pequenos filmes", no entanto, que marcam seu modo de produzir cinema: filmagem com pouquíssimos técnicos (em geral não mais de três), atores jovens colaborando em atividades desde cenografia e escolha de figurinos até empurrar o carrinho de "travelling" quando isso se impunha. Com isso, Rohmer conseguia a independência total, isto é, não dependia de concursos ou subvenções estatais para fazer seus filmes.O espectador "normal" (não afeito ao acompanhamento do cinema em geral) viu Rohmer, por muito tempo, como um temperamento literário perdido no cinema, já que seus filmes eram excessivamente falados. Ele desdenhava desse tipo de comentário: entendia que suas histórias só tinham sentido no cinema.

Os cinéfilos, a parte mais paciente deles, em todo caso, percebiam que seus filmes eram um estranho e atraente tipo de monólito. Não se preocupavam nunca em nos seduzir. Nem em nos encantar. Dizia que, se poesia havia num filme, ela devia vir das coisas filmadas, nunca da maneira de filmar. Seu enquadramento nunca procura se notabilizar diante de uma paisagem ou "fazer bonito".

Suas histórias recusavam qualquer tipo de simbolismo ou "profundidade". Entendia que o cinema não é feito para "pensar" nem para "dizer", e sim para mostrar. Esse seu fundamento, naturalmente, redunda num realismo radical e em histórias quase banais, vividas por pessoas comuns, em que escolhas pessoais, amores, acasos entravam no jogo. Nunca a psicologia.

Fala-se muito, de fato (como os franceses, mestres da verbalização). Mas, com um pouco de persistência, o espectador perceberá um dos pontos-chave da obra de Rohmer: uma sutil distinção entre aquilo que os personagens entendem que seja a realidade e os fatos propriamente ditos.O reconhecimento veio aos poucos para esse autor (que detestava ser chamado de "realizador"). Fora dos círculos especializados, partiu, curiosamente, dos EUA, onde seus filmes tinham larga audiência e onde sua descrição da vida dos franceses era muito mais apreciada do que na própria França.

Ao contrário de cineastas que por vezes encantam no momento e logo são esquecidos, a obra que deixa, vasta, cultíssima, enigmática, certamente sobreviverá a ele por muito tempo e será difícil não reconhecê-la como um dos grandes momentos do cinema francês na segunda metade do século 20 e neste início de 21.