terça-feira, 6 de maio de 2008
Cutucando a unha com alicate no banheiro ouvindo Fiona velha
É muito estranho como a relação com as coisas pode mudar por causa de um detalhe tão pequeno. Por causa das unhas compridas os dedos não tinham a vivência real do toque, como numa ação banal de abrir uma latinha de cerveja. Facilitavam essa ação tanto como alavancas como escudos protetores. Mas com elas cortadas bem rente à carne, essas partezinhas de mim que antes eram apenas coadjuvantes ficando lá de base, viram protagonistas. Nem sabiam que tinham tanta coisa pra sentir e pra fazer. Como um pedacinho tão pequeno de carne podia conter um mundo todo novo. Fico com vontade de arrancar as unhas por inteiro, o mundo através da carne viva ... arrancar as unhas e virar pianista.
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Um comentário:
heavy
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