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dreams
quarta-feira, 26 de março de 2008
segunda-feira, 24 de março de 2008
domingo, 23 de março de 2008
o orfanato
Se alguém usar o Peter Pan como analogia mais uma vez eu acho que vou vomitar. Legal mesmo seria se o Jeff Koons fizesse um pornô pop psicodélico na Terra do Nunca.
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eu vejo o meu lado (um universo)
eu vejo o seu lado (dois universos)
mas a verdade é que não consigo ver um e outro ao mesmo
eu vejo o seu lado (dois universos)
mas a verdade é que não consigo ver um e outro ao mesmo
tempo tempo tempo
quinta-feira, 20 de março de 2008
funny as hell
O Michael Haneke refilmou seu Funny Games. Foi o filme mais violento que já vi (o de 97). Mas através da crueza na sua cara com que trata a violência ele abre discussões sobre cinema, sobre a relação do autor com o espectador. Sobre a assepsia da arte moderna. Sobre a verdade. Eu vejo o Haneke antes de tudo como um humanista.
Espero que essa nova versão seja ainda mais violenta que a original, senão não vejo motivo dele ter feito esse remake hoje. Acho que é uma questão de ética.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Me deu um aperto enorme de saudade da Grandmother Jean. Foi em Taos, no Novo México, minha viagem abençoada pela Mother Earth, que me deu de presente uma limpeza espiritual no velho espírito Cherokee, evocando através de peles, ervas e fogo o espírito dos animais selvagens, tais como o lobo, as águias, a lebre, cada animal com a intensão de me orientar equivalente à sua função na selva. E assim me libertar de velhos traumas, limpa para seguir mais leve e na companhia desses espíritos. Mas acredito que na época não tive maturidade nem conhecimento suficiente para aproveitar aquilo da melhor maneira possível e esquecendo que eles estavam comigo, fui deixando-os pelo caminho. Mas voltem bichinhos, vamos passear.
Não tem nada a ver com misticismo, é mais uma atração por essa cultura e de sua capacidade de ser complexa, simples e verdadeira.
Tenho pensado muito nos animais, na vida selvagem, na beleza e no perigo com que tudo no meio do caos faz tanto sentido. E principalmente naquilo que emana do estômago, from the guts, que faz a gente se sentir vivo, se sentir parte. Como um lobo selvagem.
Acho que a civilização moderna me oprime. é isso
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sábado, 15 de março de 2008
sexta-feira, 14 de março de 2008
happiness is only real when shared
Into the Wild
thoreau+jack london+tostói
miss my walden
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quinta-feira, 13 de março de 2008
laranjas
Uma vez me ofereceram um coração estragado. Mas a embalagem era tão brilhante que ofuscou minha visão. Aceitei. E quando abri, nem reparei. Carregava ele pra lá e pra cá, toda feliz com aquele presente. Até que um dia, o cheiro, que antes eu julgava ser apenas um perfume exótico, começou a me incomodar. E a me sufocar. Só daí olhei direito pra ele. E vi. Como nunca tinha reparado? Era um coração estragado. Estava todo carcomido por vermes. E eu que o levava perto do meu peito, percebi que com o tempo esses vermes foram também me comendo, abrindo um caminho até meu coração. Enfiei meu braço no buraco e o peguei nas mãos. Meu próprio coração. Tava todo machucado. Corri até o médico. Ele disse que precisaremos fazer alguns exames, mas que ainda é possível recuperar o estrago. Que mais uma semana e não haveria nada que pudéssemos fazer.
quarta-feira, 12 de março de 2008
happiness is a warm gun
O colchão na sala, a luz apagada e o Álbum Branco pra gente chapar.
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sexta-feira, 7 de março de 2008
leve o suficiente para olhar pra frente
Passei a dormir na varanda porque não podia mais ficar trancada na minha jaula quente. Que estranho dormir assim, sem teto e sem parede. Periga os sonhos sairem voando. E não é que eles voam mesmo? Então eu vôo até o oceano onde mergulho bem no fundo pra me refrescar da noite quente e acordar leve para olhar pra frente.
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